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17 de fevereiro de 2011

População carente de Timbé do Sul não tem banheiro em casa

Um diagnóstico habitacional encomendado pelo prefeito Eclair Alves Coelho apresentado na audiência pública de terça-feira mostrou um dado preocupante para a saúde pública municipal. Entre as mais de 240 famílias em vulnerabilidade habitacional que foram entrevistadas, a realidade espantosa é de quase todas vivem sem banheiro em casa. Entre as que afirmaram ter, todos os banheiros estão na parte de fora da residência e são inadequados para uso. Isto significa que, segundo dados da Escola de Gestão Pública Municipal (Egem), 11% da população timbeense não têm banheiro ou ainda que 14% das pessoas têm banheiro precário.


A equipe técnica da Egem que detectou esta realidade trabalha desde outubro na elaboração do Plano de Habitação de Interesse Social, uma exigência do Governo Federal na concessão de recursos para construção de casas populares, e superou a segunda fase do trabalho validando o diagnóstico na audiência realizada na Câmara de Vereadores, com a presença de cerca de 50 representantes das comunidades.


Para a assistente social do município, Luciana Florêncio André, auxiliar na confecção do Plano mudou a maneira de olhar as residências há muito tempo visitadas regularmente. “As instalações físicas destas famílias, muitas vezes estão comprometidas, mas o olhar de um arquiteto é que detectou que o risco que isso pode representar”, comenta.

Entre os problemas apontados pela população, o diagnóstico mostrou a falta de pavimentação nas estradas de acesso, saneamento básico (que compreende água, esgoto e lixo), habitações carentes e precárias, e transporte público. Outro ponto importante detectado é que as construções abrigam mais pessoas do que suportam. Na maioria dos casos, algum membro da família dorme na sala ou até mesmo na cozinha.


Segundo a arquiteta da Egem, Luana Turatti, o terceiro passo é agora elaborar uma estratégia de ação para enfrentar os problemas identificados no diagnóstico. Um dos projetos apontados por ela, que podem ser contemplados pelo Governo Federal ou estadual, é para a construção de dezenas de banheiros para beneficiar esta população. “Entre as ações, não é só dar uma casa nova. Há casos em que construir um cômodo a mais ou reformar a moradia já resolveria o problema”, antecipa Bruna.

Fonte: Correio do Sul

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